ESTE BLOG FOI FEITO EXCLUSIVAMENTE SOBRE A VIDA E OBRA DA MAIOR CANTORA MODERNA BRASILEIRA DE TODOS OS TEMPOS. SÃO MAIS DE QUARENTA ANOS DE UMA TRAJETÓRIA BRILHANTE DESSA ESPETACULAR ARTISTA. ELA COMEÇOU COMO MARIA DA GRAÇA E HOJE SEU NOME É GAL.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Meu nome é Gal


















Depois de um estresse com a Indie Records em função do adiamento do show em que gravaria o novo CD ao vivo, no Canecão, neste fim de semana, Gal Costa embarca terça-feira para Nova York, onde será a anfitriã de uma noite de gala no Carnegie Hall, dia 28. Lá, no tradicional templo do jazz norte-americano, ela é a única artista brasileira a ter uma fotografia no Hall da Fama. O espetáculo, que estava previsto para junho e foi adiado devido a problemas de saúde de Gal, relembrará, 40 anos depois, o famoso concerto da bossa nova no Carnegie Hall e será dedicado a Tom Jobim e Stan Getz. O show, com participações de Morelenbaum / Sakamoto, Cesar Camargo Mariano, Romero Lubambo e Tom Scott, será realizado dentro do Fujitsu Concord Jazz Festival.

Na Ponta da língua - Gal Costa

- Você já vai mostrar aos americanos o repertório do novo disco? O que será esta apresentação em NY? Qual o figurino que você escolheu?

- Não. O show em Nova York, no dia 28, será uma homenagem a Tom Jobim e Stan Getz. Ele seria realizado em junho, mas fui obrigada a tranferi-lo por causa da cirurgia de emergência a que fui submetida no dia 29 de maio. Serei uma espécie de anfitriã do show no Carnegie Hall, fazendo vários números e apresentando outros músicos com os quais também dividirei o palco. Estão confirmados Cesar Camargo Mariano, Jaques Morelenbaum, John Pizzarelli, Ryuichi Sakamoto, Romero Lubambo e Michael Feintein, com quem devo cantar corcovado. O show foi idéia de um casal de produtores americanos, Patty Philips e Ettore Stratta, que adora a música brasileira. O Ettore produziu discos da Barbra Streisand e do Tony Bennet e regeu a Filarmônica de NY. Quanto ao figurino, quero usar uma roupa mais colorida e vou comprá-la em NY.

- E o show com direção de Bia Lessa sai ainda este ano? Falou-se tanto de sua volta aos palcos cariocas depois de quatro anos...

- O show ficou para o próximo ano. Eu e Bia vamos realizá-lo exatamente como ela o cencebeu. Será um show visualmente belo, mas extremamente simples de realizar. Bia é talentosíssima e confio na sensibilidade dela.

- Te magoou esta história com a Indie Recordes? Vai continuar trabalhando com esta gravadora?

- Sou uma pessoa que cultiva a discrição quando estou fora do palco e sou também extremamente elegante e respeitosa no trato com as pessoas. Obviamente não gostei de me ver envolvida nesse disse-me-disse, mas tenho um compromisso com a minha carreira e a minha integridade artística e as defendo sempre que necessário. minha preocupação agora é o disco (está sendo gravado em estúdio). Já estamos colocando as bases, os arranjos estão belíssimos e ele deve chegar às lojas em novembro.

- E os fãs? Como se manifestaram em relação ao cancelamento do show?

- Acho que os fãs compreenderam muito bem que eu preferia o desgaste do cancelamento do show a ter que apresentar uma coisa com a qual eu não ficaria satisfeita nem estaria à altura deles. Pediram-me que reduzisse a concepção do show e isso eu não faria.

- Você emagreceu e fez plástica?

- Emagreci bastante e fiz apenas um leve retoque com o doutor Pitanguy.

- E a autobiografia?

- Estou escrevendo de maneira completamente desorganizada, sem uma preocupação cronológica.

- E a paixão por fotos?

- Continuo fotografando sem parar. Agora tenho uma nova paixão: comprei uma Leica M7. Um dia, quem sabe, tomo coragem e resolvo mostrá-las. por enquanto, só tenho selecionado fotos da minha carreira, para um livro que estou fazendo junto com o José Pedro de Oliveira Costa.

Reportagem - 2003

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