ESTE BLOG FOI FEITO EXCLUSIVAMENTE SOBRE A VIDA E OBRA DA MAIOR CANTORA MODERNA BRASILEIRA DE TODOS OS TEMPOS. SÃO MAIS DE QUARENTA ANOS DE UMA TRAJETÓRIA BRILHANTE DESSA ESPETACULAR ARTISTA. ELA COMEÇOU COMO MARIA DA GRAÇA E HOJE SEU NOME É GAL.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gal Costa revela que já rolou um clima com Caetano Veloso

Ter, 29/11/11 por Editor | categoria Entrevistas

Reunir em um projeto Gal Costa e Caetano Veloso é garantia de inovação e qualidade. A parceria que surgiu há quase 50 anos, desde a época da tropicália, deu bons frutos novamente. O novo disco da cantora mistura as belas composições de Caetano e batidas eletrônicas.

Nesta terça-feira, a dupla gravou uma entrevista especial para o Programa do Jô, que vai ao ar na próxima segunda-feira, dia 05 de dezembro. No programa, os cantores falaram da longa amizade e de momentos marcantes de suas carreiras.

No começo da gravação, Jô Soares comentou sobre a emoção de estar recebendo em seu programa Gal e Caetano. “Hoje, mais uma vez, nós temos o privilégio de fazer um programa especial com dois dos maiores nomes da nossa música”.

Em seguida, o apresentador começou o programa e já de cara perguntou se Gal Costa e Caetano Veloso já tiveram um caso. “Romance propriamente dito não, mas clima sim”, brincou a cantora.

Recanto

O novo disco de Gal Costa, intitulado “Recanto”, é composto por onze músicas, todas compostas por Caetano Veloso. Do repertório, nove faixas são inéditas e as duas já gravadas são “Madre Deus” e “Mansidão”. O clima familiar do trabalho se estende à produção do disco, feita por Moreno Veloso, filho de Caetano e afilhado de Gal.

Esse disco marca a volta da cantora ao estúdio depois de ficar seis anos fazendo shows pelo Brasil e algumas cidades da Europa e Estados Unidos. O último CD com músicas inéditas de Gal Costa foi o “Hoje”, lançado em 2005.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

"As divas do Rádio Nacional" presta homenagem a ícones do Rádio


ESTRELAS DOS 'ANOS DOURADOS'

A família reunida em torno de um aparelho de rádio, diariamente. A cena, comum outrora e impensável nos dias de hoje, remete aos anos 1940 e 50, período em que pais, mães e filhos paravam para ouvir e cantar junto com estrelas do cancioneiro popular brasileiro.

Foi nessa época, intitulada "Era de Ouro" do rádio, que cantoras e cantores emocionaram milhares de ouvintes e eternizaram suas vozes na música brasileira. Para registrar esse momento da cultura musical do Brasil, o escritor alagoano Ronaldo Conde Aguiar acaba de lançar o livro "As Divas do Rádio Nacional" (Editora Casa da Palavra, 272 págs., R$ 58).

Doutor em sociologia e professor aposentado, Ronaldo Aguiar, já residindo no Rio de Janeiro, viveu a fase de ouro da Rádio Nacional, da qual era ouvinte assíduo. Com tamanha paixão pelo veículo, o autor tornou-se um profundo pesquisador e conhecedor do tema, o que culminou com o livro "Almanaque da Rádio Nacional", publicado em 2007.


"A nova obra é um complemento do 'Almanaque'. Mas a principal motivação em criá-la foi de ordem pessoal. A Rádio Nacional teve muita influência na minha formação, e a música teve um papel fundamental", relembra o autor que, quando garoto, protagonizava com sua família a cena prosaica tão comum na primeira metade do século XX.

O livro presta uma espécie de tributo a Dolores Duran, Maysa, Emilinha Borba, Marlene, Zezé Gonzaga, Dalva de Oliveira, Ademilde Fonseca, Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Nora Ney, Linda Batista, Isaurinha Garcia, Dircinha Batista e Inezita Barroso. Quatorze divas que se tornaram ícones do rádio e da música brasileira.

"Elas foram extremamente representativas, algumas delas indispensáveis. Poderia ter colocado outras, mas tive limitações, como a falta de informações", explica Aguiar.

No livro, o autor dedica cada capítulo a uma intérprete, à exceção das irmãs Dircinha e Linda Batista, que dividem o mesmo. Histórias de glamour, escândalos, rivalidade, tentativas de suicídio, amores e decadência dão o tom dessas biografias, algumas delas totalmente desconhecidas.

Vale mencionar casos divertidos, como o de um homem que diariamente ia ao Little Club, no Rio de Janeiro, ver e ouvir Dolores Duran cantar e ordenava ao maître da casa: "Manda a negrinha cantar 'Menino Grande'". Enfurecida com as cenas que observava do homem, mas acatando aos pedidos (o sujeito mencionado consumia muito no local), a cantora comentou o caso com o amigo Billy Blanco, que fez a canção "A Banca do Destino". Todas as noites, ela olhava para o arrogante cidadão e cantava: "Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho. Pra que tanta pose,doutor? Pra que esse orgulho?". A essa se juntam, "Outras histórias, muito tristes, como das irmãs Batista". Elas eram ótimas cantoras, ostentavam uma vida de luxo e glamour. Getúlio Vargas declarava publicamente um imenso afeto por elas, que passaram os últimos dias de suas vidas em um manicômio. Morreram completamente na miséria, diz Aguiar.

Segundo ele, nenhuma das cantoras retratadas na obra dominou completamente o período, havendo uma competição permanente, principalmente entre Marlene e Emilinha Borba, rivais históricas. "O que era muito bom para nós, ouvintes e amantes da música".


Fonte: Jornal O Tempo - Belo Horizonte

www.otempo.com.br

Segunda feira, 30 de agosto de 2010.




terça-feira, 8 de novembro de 2011

"As Divas do Rádio Nacional" presta homenagem a ícones do rádio

Estrelas dos 'Anos Dourados'

Fabiano Chaves
A família reunida em torno de um aparelho de rádio, diariamente. A cena, comum outrora e impensável nos dias de hoje, remete aos anos 1940 e 50, período em que pais, mães e filhos paravam para ouvir e cantar junto com estrelas do cancioneiro popular brasileiro.


Foi nessa época, intitulada "Era de Ouro" do rádio, que cantoras e cantores emocionaram milhares de ouvintes e eternizaram suas vozes na música brasileira. Para registrar esse momento da cultura m
usical do Brasil, o escritor alagoano Ronaldo Conde Aguiar acaba de lançar o livro "As Divas do Rádio Nacional" (Editora Casa da Palavra, 272 págs., R$ 58).
Doutor em sociologia e professor aposentado, Ronaldo Aguiar, já residindo no Rio de Janeiro, viveu a fase de ouro da Rádio Nacional, da qual era ouvinte assíduo. Com tamanha paixão pelo veículo, o autor tornou-se um profundo pesquisador e conhecedor do tema, o que culminou com o livro "Almanaque da Rádio Nacional", publicado em 2007.
"A nova obra é um complemento do 'Almanaque'. Mas a principal motivação em criá-la foi de ordem pessoal. A Rádio Nacional teve muita influência na minha formação, e a música teve um papel fundamental", relembra o autor que, quando garoto, protagonizava com sua família a cena prosaica tão comum na primeira metade do século XX.
O livro presta uma espécie de tributo a Dolores Duran, Maysa, Emilinha borba, Marlena, Zezé Gonzaga, Dalva de Oliveira, Ademilde Fonseca, Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Nora Ney, Linda Batista, Isaurinha Garcia, Dircinha Batista e Inezita Barroso. Quatorze divas que se tornaram ícones do rádio e da música brasileira.
"Elas foram extremamente representativas, algumas delas indispensáveis. Poderia ter colocado outras, mas tive limitações, como a falta de informações", explica Aguiar.
No livro, o autor dedica cada capítulo a uma intérprete, à exceção das irmãs Dircinha e Linda Batista, que dividem o mesmo. histórias de glamour, escândalos, rivalidade, tentativas de suicídio, amores e decadência dão o tom dessas biografias, algumas delas totalmente desconhecidas.
Vale mencionar casos divertidos, como o de um homem que diariamente ia ao Little Club, no Rio de Janeiro, ver e ouvir Dolores Duran cantar e ordenava ao maître da casa: "Manda a negrinha cantar 'Menino Grande'". Enfurecida com as cenas que observava do homem, mas acatando aos pedidos (o sujeito mencionado consumia muito no local), a cantora comentou o caso com o amigo Billy Blanco, que fez a canção "A Banca do Destino". Todas as noites, ela olhava para o arrogante cidadão e cantava: "Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho. Pra que tanta pose,doutor? Pra que esse orgulho?". A essa se juntam, "Outras histórias, muito tristes, como das irmãs Batista". Elas eram ótimas cantoras, ostentavam uma vida de luxo e glamour. Getúlio Vargas declarava publicamente um imenso afeto por elas, que passaram os últimos dias de suas vidas em um manicômio. Morreram completamente na miséria, diz Aguiar.

Segundo ele, nenhuma das cantoras retratadas na obra dominou completamente o período, havendo uma competição permanente, principalmente entre Marlene e Emilinha Borba, rivais históricas. "O que era muito bom para nós, ouvintes e amantes da música".

COROAÇÃO DE ÂNGELA MARIA

Em 1954,
Ângela Maria foi eleita Rainha do Rádio, obtendo o total de 1.464.906 votos. Para se ter idéia do prestígio da cantora, os votos totalizaram quase metade do número obtido por Getúlio Vargas nas eleições de 1950. A consagração veio um ano depois, quando a intérprete pisou no palco do Maracanã. Flamenguista doente, ela foi convidada para entregar as faixas de tricampeões cariocas aos jogadores e foi ovacionada por mais de 100 mil pessoas.
Fonte: Jornal O Tempo - Belo Horizonte
www.otempo.com.br

Segunda feira, 30 de agosto de 2010.


Gal Costa Canta 'Solitude' na Novela Dancin' Days


Eu postei este vídeo no youtube tendo em vista, a participação de Gal Costa, cantando a música 'Solitude' com Perinho Santana ao Violão em Dancin' Days, novela exibida pela Rede Globo em 1978. Realmente um momento inesquecível na televisão brasileira.

ARTO LINDSAY REGE FASCINAÇÃO DE GAL

















Depois de Caetano Veloso e Marisa Monte, o produtor Arto Lindsay tem um encontro marcado nos estúdios com Gal Costa. Ele começa a produzir no Rio no final do mês o disco que a cantora pretende lançar em junho ou julho. Nem bem concluiu o disco "Gal" (nas lojas desde novembro), a cantora entra em estúdio para gravar um álbum dedicado a quatro compositores. Caetano, Djavan e Jorge Benjor já estão certos - os três foram sugestões de Arto. Falta escolher o quarto nome. Gal anunciou oficialmente o novo disco no início da noite de quinta-feira, depois de renovar seu contrato com a gravadora BMG-Ariola e brindá-lo com Luiz Oscar Niemeyer, o novo presidente da empresa.

- Se pudesse, eu faria um disco atrás do outro. Estou fascinada com o estúdio - diz Gal.

O disco será finalizado e mixado em Nova York, Gal ainda devia um álbum à BMG, mas a renovação contratual foi estratégica: a cantora foi assediada pela Polygram, mas decidiu permanecer na empresa na qual conheceu Arto Lindsay quando gravava o disco "Bem Bom", em 1985. Caetano foi ao estúdio levou Arto, mas a relação de Gal com o produtor ficou mais próxima há dois anos. Ele ouviu ouviu todos os discos dela.

- Penso em produzir um disco com sons acústicos. Não será nada parecido com os álbuns "Estrangeiro", "Circuladô" e "Mais", que produzi para Caetano e Marisa Monte. Acho que os três compositores escolhidos se complementam - diz Arto.

A união, em princípio, não pressupõe parcerias entre os compositores. Gal planeja gravar pelo menos duas músicas inéditas de cada um e já encomendou material a eles. De Djavan, ela já tem "Nuvem negra", música que acabou ficando de fora do disco anterior.

- Sou ligada a Caetano e era inevitável que ele estivesse no disco. Djavan, também. E gravei muito Jorge Benjor na época do Tropicalismo - Conta Gal.

Jornal O Globo
Março de 1993

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BABY GAL : DOSE DUPLA

A expectativa era grande. Afinal o show anterior de Gal, Fantasia, deixara um saldo nada entusiasmante - e a falta de entusiasmo diante do mais recente álbum, Baby Gal (Selo Polygram), é mais do que geral. Havia grande expectativa, portanto. E quando sua voz, off, em canto afro, deu a partida para o show Baby Gal, um frio correu as espinhas mais sensíveis. Logo depois, era o terrível arrepio com uma reedição totalmente indispensável de Dora. Os mais apressados já apontavam no inevitável desastre - mas não foi - não é nada disso. Superados tais obstáculos iniciais, recolhendo do álbum sem vida apenas aquilo que Gal, Baby poderia render melhor - tipo Rumba Louca, Bahia de Todas as Contas, Mil Perdões, Grande Final ou Eternamente - o espetáculo segue o sinal dos tempos: escreve uma espiral inflacionária. Inflação de plasticidade, Gal se reafirmando como extraordinária intérprete, ganhando novos contornos diante da direção de Luiz Carlos Maciel. No roteiro, diversas ousadias, como módulo de xaxados depois de recente êxito nordestino no mesmo local, o corte para momentos de grande despojamento, e o verdadeiro achado: Lili - música-tema do filme com que Leslie Caron encantou as platéias do início dos anos 50. Era grande a expectativa, sem dúvida. E quando Gal chegou ao final, o aplauso entusiasmado do povo que lotava a cada vez mais espremida sala de epetáculos era a demontração de que valera a pena. A combinação da ousadia e talento, baby.

Wilson Cunha
Ano: 1984

domingo, 31 de julho de 2011











Fico impressionada como pode a comunidade do Orkut com o maior número de membros que dizem reverenciar e ainda dizem saber tudo sobre a Gal Costa, a maior cantora brasileira, não saber que existe uma gravação oficial da música "Morena do mar", autoria de Dorival Caymmi, pela Gravadora Eldorado. Se eu não tivesse sido expulsa injustamente da comunidade, até poderia ceder a música, inclusive, essa gravação tem Gilberto Gil ao violão. Na verdade, a Gravadora Eldorado possui duas gravações de Gal, que são raras, "Morena do mar" e "Pra você", autoria de Silvio César também com acompanhamento de Gilberto Gil ao violão e banda. Versão bem diferente, lançada na Trilha Sonora da novela Torre de Babel, exibida pela Rede Globo. É uma pena.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

UM SUCESSO CHAMADO GAL



















Gal Costa prova a multiplicidade de seu talento no show "Plural"

Considerada a maior intérprete do Brasil atualmente, Maria da Graça Costa Penna Burgos, ou melhor, Gal Costa, chega à Belo Horizonte para apresentar o seu ovacionado "Gal Plural". O espetáculo, que marca a volta da cantora aos palcos brasileiros - depois de um jejum de quase meia década fora do eixo Rio-São Paulo - vem recebendo inflamados elogios da crítica, que o considerou um "mergulho na afro-baianidade, no lençol seresteiro". O show faz parte de uma tournê que vem percorrendo o Brasil, com absoluto sucesso de público.

O título "Plural" já dá ao espectador uma idéia da heterogeneidade do espetáculo, confirmando a multiplicidade da cantora. O grupo "Raízes do Pelô" prepara a entrada de Gal ao palco, tocando "Saudosas Raízes", um alujá de Xangô - ritmo do candomblé baiano. Dividido em três momentos, o show inicia com Gal cantando, acompanhada pelo violonista Marco Pereira, os clássicos "Falsa Baiana" (Geraldo Pereira), "Cordas de Aço" (Cartola), "Camisa Amarela" (Ary Barroso) e, pela primeira vez em sua carreira, duas canções de Noel Rosa: "último Desejo" e "Poema Popular". Na segunda parte a cantora baiana relembra antigos sucessos, como "Tropicália" (Caetano Veloso) e "Açaí" (Djavan), que aparece em novo arranjo; e reinventa pérolas da vanguarda musical brasileira, tais como "Cabelo" (Arnaldo Antunes) e "Coisas Nossas" (Noel Rosa).

Nessa parte, Gal também canta "Beguin The Beguine" (Cole Porter) e outras músicas de compositores como Caymmi, Macalé e Luiz Melodia. Por sua vontade, ela incluiu "Mil Perdões", de Chico Buarque, canção que julgava perdida e desperdiçada no disco "Baby Gal". A volta ao palco dos dez percussionistas integrantes do bloco "Raízes do Pelô", um dos mais expressivos da Afro-Bahia, sob a liderança da batuta do mestre Jackson, marca o início da terceira parte. Nela, e tendo ao fundo uma reprodução de "A Negra", quadro de Tarsila do Amaral, a cantora interpreta músicas de blocos afros da Bahia, como "Ladeira do Pelô / Salvador Não Inerte", "Brilho de Beleza", "Revolta Olodum", "Saudação aos Povos Africanos" e outras.

"Gal Plural", que já foi assistido por mais de noventa mil espectadores, tem direção do poeta e compositor Wally Salomão, que a dirigiu em "Fa-Tal" (71) e concebeu para esse espetáculo um clima de super-produção. O figurino é assinado por Cao Albuquerque. A ambientação é um projeto dos artistas plásticos Luciano Figueiredo e cláudio Damásio, que misturam arame, madeira, telas e grades. A iluminação de Maneco Quinderé. Gal Costa se apresenta em curta temporada, de sexta a domingo, às 21 horas, no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537). Os ingressos já estão sendo vendidos, ao preço único de Cr$ 7.000.

Fonte: Jornal Estado de Minas