ESTE BLOG FOI FEITO EXCLUSIVAMENTE SOBRE A VIDA E OBRA DA MAIOR CANTORA MODERNA BRASILEIRA DE TODOS OS TEMPOS. SÃO MAIS DE QUARENTA ANOS DE UMA TRAJETÓRIA BRILHANTE DESSA ESPETACULAR ARTISTA. ELA COMEÇOU COMO MARIA DA GRAÇA E HOJE SEU NOME É GAL.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

UM SUCESSO CHAMADO GAL



















Gal Costa prova a multiplicidade de seu talento no show "Plural"

Considerada a maior intérprete do Brasil atualmente, Maria da Graça Costa Penna Burgos, ou melhor, Gal Costa, chega à Belo Horizonte para apresentar o seu ovacionado "Gal Plural". O espetáculo, que marca a volta da cantora aos palcos brasileiros - depois de um jejum de quase meia década fora do eixo Rio-São Paulo - vem recebendo inflamados elogios da crítica, que o considerou um "mergulho na afro-baianidade, no lençol seresteiro". O show faz parte de uma tournê que vem percorrendo o Brasil, com absoluto sucesso de público.

O título "Plural" já dá ao espectador uma idéia da heterogeneidade do espetáculo, confirmando a multiplicidade da cantora. O grupo "Raízes do Pelô" prepara a entrada de Gal ao palco, tocando "Saudosas Raízes", um alujá de Xangô - ritmo do candomblé baiano. Dividido em três momentos, o show inicia com Gal cantando, acompanhada pelo violonista Marco Pereira, os clássicos "Falsa Baiana" (Geraldo Pereira), "Cordas de Aço" (Cartola), "Camisa Amarela" (Ary Barroso) e, pela primeira vez em sua carreira, duas canções de Noel Rosa: "último Desejo" e "Poema Popular". Na segunda parte a cantora baiana relembra antigos sucessos, como "Tropicália" (Caetano Veloso) e "Açaí" (Djavan), que aparece em novo arranjo; e reinventa pérolas da vanguarda musical brasileira, tais como "Cabelo" (Arnaldo Antunes) e "Coisas Nossas" (Noel Rosa).

Nessa parte, Gal também canta "Beguin The Beguine" (Cole Porter) e outras músicas de compositores como Caymmi, Macalé e Luiz Melodia. Por sua vontade, ela incluiu "Mil Perdões", de Chico Buarque, canção que julgava perdida e desperdiçada no disco "Baby Gal". A volta ao palco dos dez percussionistas integrantes do bloco "Raízes do Pelô", um dos mais expressivos da Afro-Bahia, sob a liderança da batuta do mestre Jackson, marca o início da terceira parte. Nela, e tendo ao fundo uma reprodução de "A Negra", quadro de Tarsila do Amaral, a cantora interpreta músicas de blocos afros da Bahia, como "Ladeira do Pelô / Salvador Não Inerte", "Brilho de Beleza", "Revolta Olodum", "Saudação aos Povos Africanos" e outras.

"Gal Plural", que já foi assistido por mais de noventa mil espectadores, tem direção do poeta e compositor Wally Salomão, que a dirigiu em "Fa-Tal" (71) e concebeu para esse espetáculo um clima de super-produção. O figurino é assinado por Cao Albuquerque. A ambientação é um projeto dos artistas plásticos Luciano Figueiredo e cláudio Damásio, que misturam arame, madeira, telas e grades. A iluminação de Maneco Quinderé. Gal Costa se apresenta em curta temporada, de sexta a domingo, às 21 horas, no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537). Os ingressos já estão sendo vendidos, ao preço único de Cr$ 7.000.

Fonte: Jornal Estado de Minas